sexta-feira, 5 de agosto de 2011

De volta pra estante #27: O Morro dos Ventos Uivantes.

Não te desejo torturas maiores do que as que sofro, Heathcliff. Desejo apenas que não nos separemos jamais. Se a lembrança de minhas palavras deverá desolar-te mais tarde, pensa que debaixo da terra sentirei a mesma desolação e por amor de mim, perdoa-me!

   Este livro eu comprei pra minha mãe, mas sabem como é, com intenções de ler! Depois de tantos livros contemporâneos, resolvi mergulhar em um romance do século 19, que eu sabia que me transportaria para outra realidade, muito mais do que os que eu li recentemente.



Nome: O Morro dos Ventos Uivantes
Autora: Emily Brontë
Sinopse: Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais belas de todos os tempos, O morro dos ventos uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas.
Editora: Martin Claret

   O livro é narrado principalmente por Sr. Lockwood, um jovem que aluga uma casa em certa parte da Inglaterra. Seu inquilino é Sr. Heathcliff, um homem já de meia idade, rabugento e de modos grosseiros. Lockwood, ao se instalar em Thrushcross Grange, resolve ir visitar o inquilino e único vizinho, pretendendo estabelecer relações cordiais com este. Ele não é muito bem recebido, nem pelo dono das casas, nem por seus parentes e criados. A primeira impressão que ficou não foi muito boa.
   Lockwood é se considera antissocial. Ao ter com Heathcliff, se sente sociável, devido à diferença de modos entre eles. Por isto que, mesmo sendo mal recebido, resolve voltar às instalações de seus inquilino, que tem por nome Wuthering Heights - que foi traduzido por Morro dos Ventos Uivantes.
   Nesta nova visita ele é mais infeliz: ao cair da noite a neve vem, cobrindo os caminhos e impedindo-o de ver possíveis buracos e/ou outro perigo na estrada. Nenhum dos criados podem acompanhá-lo, e com muita resistência consegue ser hospedado em Ventos Uivantes. O quarto que lhe é destinado pertenceu à uma jovem já falecida. Ele consegue ver inscrições do nome dela em pontos do rebordo da janela, e é curioso: o nome Catarina vem seguidos de diferentes sobrenomes - como se fossem diferentes nomes de casada, que ela sonhava em ter. Fuçando no quarto mais um pouco, achou um diário que pertencia a esta jovem, e leu alguns trechos. O nome de Heathcliff estava presente.
   Lockwood tem um pesadelo com os personagens deste diário, e faz um escândalo tão grande que Heathcliff se levanta para ver o que está acontecendo. Ao explicar o que ocorreu, o hóspede deixa escapar o nome de Catarina, levando o outro a ficar seriamente afetado. Enfim, depois desta confusão, Lockwood resolve se despedir da casa e desiste de se distrair em sociedade novamente.
   Ao chegar em casa, ele chama sua criada, Sra. Dean, para pedir informações da casa que acabou de deixar. Ela, então, se mostra a fonte da história de amor que o livro se propõe a falar. Helena Dean era amiga de Catarina e Heathcliff, e cresceu com eles. Passou a vida inteira servindo ora um, ora outro, e sabe muito bem de tudo que aconteceu, desde as páginas daquele diário, até os dias atuais.
   Vi então que o livro era muito diferente mesmo. Nunca pensei que a tal história de amor seria narrada por outra pessoa,  e devo corrigir isto: não é apenas uma história de amor; é um texto que se aprofunda nas personalidades humanas, desmistificando aquele papo de pessoa boazinha, pessoa malvada; todos temos os dois aspectos, e fatores externos fazem com que um ou outro se sobressaiam.
   Gosto deste tipo de leitura porque mostram aspectos da sociedade de outro lugar em outra época, mas sem quererem ser registros históricos. Imaginem só: Helena Dean era criada em Morro dos Ventos Uivantes; quando Catarina se casou, ela seguiu a patroa até Thrushcross Grange. Depois, voltou ao Morro, e a encontramos em Thrushcross. Ela não tinha lar, vivia para servir os outros, e isto era algo normal e aceitável. Outra coisa era como a pessoa era tratada quando estava doente: as sangrias ainda eram praticadas, e o tempo de vida era contado de acordo com as primaveras. Exemplo: fulano não chega à próxima primavera.
   A consciência de morte estava sempre presente. Não viviam como se fossem viver para sempre, mas sabiam que cada gripe poderia ser fatal, por causa dos invernos rigorosos. Isto aproximava as pessoas e não deixavam palavras não ditas.
   Tenho críticas para minha versão do livro: a tradução não é muito boa ; se traduziram Wuthering Heights, porque não traduzir Thrushcross Grange? O pior é que certos momentos os personagens se referem à Granja, e demorei pra lembrar de Thrushcross Grange. E tem uns trechos em branco do livro, que eu não se é erro de digitação, ou erro de impressão - o que é triste, pois podem ter omitido pedaços do livro...
   E, desculpa, Emily, mas prefiro Jane Austen, de longe!
 

2 comentários:

  1. Essa editora tem uma tradução peba mesmo! ajaij
    eu gosto do livro, mas assim como vc Jane Austen de longe! haha Mas clássico é clássico!
    gostei da seção =)

    Eu te respondi lá no blog huahua me esqueci de falar aqui tbém... eu sou da legião de Maria Jovem o/ *_* cof cof sou coordenadora haha
    Já fui em vários encontros da renovação, é bem legal =)


    bjs

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  2. Hmm...belo romance. Lindo mesmo. Gosto muito da música de Kate Bush, é sobre esse romance e o nome é Wuthering Heights (claro...rs) tem o vídeo aqui http://www.youtube.com/watch?v=WChywYrwHBY

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Agradeço o comentário!
Volte sempre! (:

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