segunda-feira, 2 de maio de 2011

De volta pra estante #20: As aventuras de Simbad, o marujo.

Sempre tomei por uma história boba aquilo que ouvia as mulheres dos marinheiros e outras pessoas contarem a respeito do vale dos diamantes e do lugar até onde iam os mercadores para encontrar essas pedras preciosas. Mas pude ver bem que diziam a verdade.

      Este é um livro de aventura que eu não poderia me pegar lendo, pois não gosto muito do gênero. Enfim, minha mãe comprou ele, e eu passei a ficar curiosa, porque na capa dizia ser uma ‘história das 1001 noites’. Ele é fininho, não resisti e fui ler logo…

simbad
Nome: As aventuras de Simbad, o marujo

Tradutor: Alessandro Zir.

Sinopse: As aventuras de Simbad, o marujo é uma história das célebres As 1001 Noites. Esta lenda milenar, que aplica a ancestral cultura da história em cadeia, utilizada remotamente pelos árabes, tem sua autoria e época controvertidas.

Editora: L&PM Pocket.

  
   Perceberam que não tem o autor? Isto por se tratar de uma lenda árabe. Falando nisso, eu nem conhecia direito essas histórias. Quando eu ouvia ‘1001 noites’ logo pensava em coisas árabes, dança do ventre e tal. Nem imaginava o real sentido disto. Para você, que como eu, também não compreende direito, uma breve explicação: Era uma vez um sultão. Ele era casado, e a mulher o traiu com um escravo do palácio em que viviam. Humilhado, revoltado, ele mandou matá-la e levantou uma nova lei no reino: a cada noite ele se deitaria com uma donzela (leia-se: moça virgem) e, pela manhã, ela seria morta. Aí foi uma loucura, a matança de jovens e tudo mais. Para tentar acabar com isso Sherazade, que era filha de um ministro do sultão, se oferece para passar a noite com o soberano. O pai fica relutante, mas deixa. Por fim, de noite, quando eles fizeram o que tinha que fazer, e o sultão estava a ponto de matar Sherazade, ela começou a contar uma história. Durante toda a noite ela ficou fazendo isto, até que o dia amanheceu, e ela não tinha terminado de contá-la. O sultão deixava então para matá-la no outro dia, depois de saber o fim da história. Acontece que ela nunca terminava uma história no fim da noite; quando terminava uma já emendava outra. Assim os dias foram se passando, e o soberano nunca chegava ao ponto de matar a jovem, que fazia narrativas encantadoras, todas remetendo ao folclore regional, sobre homens ricos, muitas mulheres e tudo mais. Ao fim de 1001 noites, ele desiste de matá-la e casa-se com ela, acabando com as mortes de mulheres inocentes.

   Tudo isto é contado na introdução do livro. Ele mesmo é uma das lendas contadas por Sherazade, e é muito interessante observarmos a passagem das noites, que é marcada no livro. Deste modo sabe-se que, no período de 1001 noites, a moça fez esta narrativa entre as noites LXX a XC (70 a 90). Além desta divisão, tem-se a das viagens feitas por Simbad.

   Depois de tudo isto, vamos à história: tudo começa com um carregador, que está andando pela cidade, e passa perto da casa do Simbad, que nesta ocasião está dando uma festa. Este homem, chamado Himbad, começa a reclamar de sua sorte: ele tem que trabalhar muito para conseguir sobreviver, enquanto outros davam grandes festas. Ah, o mundo era injusto. Os servos do Simbad ouviram estas lamuriações, e contaram ao seu senhor. Este, por sua vez, convida o carregador a entrar em sua casa e sua festa, e a comer com ele e seus convidados. Depois dos banquetes, todos presentes se voltam a Simbad, que resolve contar sua história, como ele tinha chegado até ali. Foram muitas viagens, com alguns infortúnios, mas que foram superados e se tornaram histórias quase que fantásticas.

   Não vou me prolongar muito falando do livro porque senão solto spoilers. No geral eu curti o livro, ele não tem nenhuma pretensão de ser algo verossímil – pelo menos não para nossa civilização-, e me fez apreciar uma leitura a qual eu não estava habituada a fazer. Alén disto, neste ano quero voltar minhas atenções aos grandes clássicos, e estas Aventuras se encaixam neste perfil. Fora isto, a Sherazade se tornou minha heroína agora! Mulheres espertas são o que há de mais legal na História.

   Uma última coisa: minha ausência nestes últimos dias se deu por meu computador não estar acessando a internet, o que me impede de postar com tanta facilidade. Agora estou me ajeitando nesta nova situação, e provavelmente aparecerei nesta semana novamente, com a resenha de um livro enviado por uma editora parceira. Espero que dê tudo certo! E espero também que meu computador colabore: vou formatá-lo e se isto não resolver os problemas, terei de enviar para a Assistência Técnica, e é de conhecimento geral da nação que burocracia é um horror… >.<

   Beijos! Fiquem bem.

Um comentário:

  1. Olá, Mi!
    Eu também não tinha a mínima noção do conto ‘1001 noites’. Logo que ouvia, já pensava também em árabes! haha
    Não esqueça de rsponder a entrevista hein?!
    Mi, caso vc puder, me mande um e-mail explicando como acontece parceria com autores! :)
    Um gigantesco abraço,
    Drica G.

    http://dricaandcia.blogspot.com/

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